Este belo fortificado português, é produzido nas encostas e adegas da Região Demarcada da Ilha da Madeira. Menos difundido pelo mundo que o Vinho do Porto, mas com qualidade e tradição que nada fica a dever ao seu “rival” duriense.
É um vinho que sofre períodos variados de fortificação ao longo da fermentação devido à diferença de concentrações de açúcar de cada casta. Existem mais de 30 castas para produzir o vinho Madeira, no entanto, as mais nobres são a Sercial, Boal, Verdelho e Malvasia (Malmsey).
Para a casta Sercial – a fortificação dá-se praticamente no final da fermentação, onde todos os açúcares praticamente já foram fermentados. Produz um vinho Madeira seco, de cor clara, é encorpado e muito perfumado.
É excelente como aperitivo, e como maridagem perfeita, acompanha bem azeitonas, amêndoas torradas, salmão fumado, sushi e queijos frescos de cabra ou ovelha. Pode também ser bebido como cocktail – com água tónica, rodela de limão e gelo.
Para a casta Verdelho – a fortificação dá-se muito mais cedo, sobrando mais açúcar residual no final do processo. Produz um vinho Meio Seco delicado mas com estrutura, de cor dourada, que é também um excelente aperitivo. Como maridagem perfeita, combina com: frutos secos, sopa de legumes e de cebola gratinada, presunto, cogumelos salteados ou recheados e foie gras, sendo este o vinho mais indicado para acompanhar qualquer refeição.
A casta Malvasia (Malmsey) – produz os vinhos de cor avermelhada, encorpados e aromáticos, com nítida doçura mas com uma acidez e frescura que lhe dão equilíbrio. Como maridagem perfeita, pode ser apreciado com biscoitos de manteiga e com queijos: da Serra, Serpa, Azeitão, da Ilha, Danish blue, Roquefort, Stilton ou Gorgonzola.
A casta Boal – produz vinhos Meio Doces, encorpados e frutados, e como maridagem perfeita, combinam bem com bolos de creme, bolo de mel, frutos tropicais frescos, frutos secos, tartes, tortas, especialmente a de banana. É o vinho recomendado para um assado e perfeito nos momentos de introspecção na companhia de cachimbo e charuto.
Os vinhos Frasqueira – são os vinhos de topo, feitos de uma só casta e de uma só colheita, com todas as características desse ano de vindima. Só podem ser engarrafados ao fim de 20 anos de estágio. No entanto, a maioria dos grandes Frasqueira só são engarrafados muito mais tarde, por vezes, mais de um século após a colheita.
Estes vinhos, devido à sua complexidade de aromas e características organolépticas, podem ser consumidos a qualquer hora do dia ou da noite.
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Texto por: João Guedes.
