No mundo do vinho, 15 ou 20 anos não são grande coisa, muito menos para construir uma marca com impacto mundial. Mas por vezes uma colheita é suficiente para chegar ao estatuto de mito, de lenda. O vinho Pingus é um exemplo de um fenómeno assim, construindo a sus fama com uma aventura onde a sorte e o azar se combinam com o trabalho, a inspiração e o talento. Peter Sisseck, por alcunha Pingus, fundou o Dominio de Pingus em 1995. Engenheiro agrónomo nascido em 1962 na Dinamarca, trabalhou em Bordéus e na Califórnia, antes de se fixar em Espanha, em 1990. Localizou 5 hectares de vinhas muito velhas de Tempranillo e fundou a adega, na província de Burgos, em plena Ribera del Duero. O segredo do vinho é a obsessão de Sisseck com a qualidade. De entre as várias vinhas, a parcela mais jovem tem já 50 anos e as mais velhas têm mais de 70 anos. Depois de colhidos, o desengace é feito manualmente, bago a bago, escolhendo apenas as uvas mais maduras. O vinho é elaborado com intervenção e manipulação mínimas e engarrafado ao fim de 20 a 33 meses em barricas de carvalho francês, sem clarificação ou filtragem, para melhor manter as suas qualidades naturais. O resultado é um tinto extraordinário, concentrado, potente, com fruta muito madura mas sempre com um equilíbrio impressionante e uma elegância e suavidade inigualáveis. As vinhas velhas têm esta característica, as suas raízes profundas espalham-se pelo chão e conseguem extrair da terra os componentes que conferem grande complexidade e grande profundidade, enquanto mantêm o balanço entre o álcool, acidez e acima de tudo, textura sedosa.
Morada
Calle Millán Alonso, 49, 47350 Quintanilla de Onésimo, Valladolid, Espanha