Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de Adegas constituídas no Alentejo, com o incentivo da então Junta Nacional do Vinho, numa altura em que o setor não tinha o protagonismo que hoje tem na economia regional. De facto, não fosse esse empurrão decisivo dado pelo referido organismo estatal, que assim permitiu uma organização comercial e de transformação para os vinhos do Alentejo, a cultura da vinha teria desaparecido completamente da região, pois todos os incentivos da época estavam virados para a cultura dos cereais, e fazer do Alentejo o celeiro do País era uma política mais que consolidada para a época.
Após 3 décadas de resistência, em que só o grande valor das castas regionais e a excelência das condições naturais permitiram que a produção de vinho no Alentejo se mantivesse, chegou-se finalmente aos anos oitenta, em que todo o potencial da região para a produção de vinho pode ser avaliado e confirmado pelo Consumidor. Beneficiou a região do facto da produção estar associada a Adegas de grande dimensão, e desta forma mais rapidamente se apetrechou em termos tecnológicos que outras regiões do País, dando o salto para os vinhos engarrafados de qualidade, numa altura em que o consumidor passou a ser mais exigente e a privilegiar mais a qualidade que a quantidade. É verdade que a constituição da região demarcada do Alentejo e a constituição de estruturas técnicas associativas que rapidamente divulgaram novas tecnologias junto do viticultor foram essenciais em todo o processo.
A euforia que os vinhos do Alentejo têm vivido nestes últimos anos, resulta pois de um longo trabalho quer na vinha, com a selecção das melhores castas e dos melhores solos para a sua produção, quer na Adega com o aperfeiçoamento de técnicas e apetrechamento de equipamentos, muitas vezes sem grande visibilidade, numa época em que o pulsar da região se fazia mais noutras direções que não a produção de vinho.
Hoje a Adega de Borba reúne 300 viticultores associados que cultivam cerca de 2.000 hectares de vinha, distribuido por cerca de 70% castas tintas e 30% de castas brancas.
Sempre em busca do reforço da qualidade dos seus produtos, a Adega de Borba tem em marcha um ambicioso projecto de aproximação do viticultor à Adega, incutindo neste a paixão de fazer grandes vinhos. Após a fase da selecção e manutenção das melhores castas, e do apetrechamento tecnológico, é convicção da Adega Borba que só com o pleno envolvimento do viticultor na produção do vinho, é possível melhorar ainda mais os seus produtos, e realizar assim toda a potencialidade que a região possui para a produção de vinhos excepcionais.
Morada
Adega Cooperativa de Borba, C.R.L.
Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral, 25, Apartado 20
7151-913 Borba
Portugal