O Produtor, nota de prova publicada em 27 de Julho de 2020
Cor vermelho rubi, carregado. O aroma prima por alguma exuberância da fruta muito madura e notas de compota de fruta, feno fresco, terra molhada, baunilha e especiarias. Na boca, surpreende pela pujança, textura aveludada e riqueza aromática, num conjunto atraente e moderno.
Um tinto para mostrar a faceta de um lote de castas provenientes de vinhas velhas a 550 m de altitude.
O ano de 2017 ficará na história como um ano de vinhos excecionais. Muito quente e seco, obrigou a antecipar a vindima para datas de que não há memória no Douro. Um Inverno pouco chuvoso e uma primavera amena permitiram que o ciclo vegetativo da videira se iniciasse mais cedo que o habitual. A precipitação manteve-se baixa durante todo o ciclo vegetativo levando a um stress hídrico moderado e a uma consequente adaptação natural da videira a condições adversas.
Vinificação: A tecnologia é minimalista, recorrendo a lagares de granito com pisa mecânica. Após a fermentação, com cerca de uma semana de curtimenta, o vinho foi para cubas de aço inox, onde sedimentou os sólidos em suspensão. Após a maloláctica, foi transferido para barricas de carvalho, onde estagiou cerca de seis meses. O engarrafamento foi feito após ligeira colagem e filtração. Foi estabilizado pelo frio natural de dois invernos podendo, por isso, formar um ténue precipitado com o tempo, que em nada prejudica a qualidade do vinho.
Servir a 16 º C, recomenda-se decantação. Dadas as suas características, é indicado para refeições especiais, onde o porco preto grelhado, a posta mirandesa e os pratos de forno possam brilhar.
Informação de alergénios
Contém sulfitos.
SKU: 104653
Vinilourenço
A VINILOURENÇO tem sede no Douro Superior, na povoação Poço do Canto junto à Cidade de Meda . Foi criada com a missão de transformar e dinamizar a produção das vinhas que começaram a ser plantadas na década de 80 por Horácio Lourenço, após regresso de Angola. A sua paixão vitivinícola levou-o a desenvolver afincadamente o seu património. Aos 45 Hectares existentes , não se aplica o conceito de “Quinta” pelas suas diferentes localizações, Poço do Canto, Vale da Teja e Pocinho. A desvantagem do maior custo de produção é equilibrada pela maior diversidade permitindo tirar o máximo proveito do conjunto das propriedades com altitudes a variar entre os 180m e os 700m. Os solos são de Xisto nas zonas mais baixas e Xisto/Granito nas zonas mais altas. As diferenças de clima , localização, altitude e solo, aliados às mesmas castas plantadas em territórios diferentes, permitem a criação de vinhos distintos evitando a comum padronização. A partir de 2006 Jorge Lourenço cria a VINILOUREÇO com a preciosa ajuda de seu pai Horácio Lourenço.