O Produtor, nota de prova publicada em 25 de Outubro de 2023
Vivo e fresco. Cheio de carácter e personalidade de vinho, sempre dominado por notas minerais típicas de solos calcários, juntamente com aromas de agulhas e resina de pinheiro, frutos secos e alguma palha. O paladar é sempre vibrante, nervoso e com grande estrutura e comprimento.
Em jeito de homenagem a Abel Nuno, que representa a 2º geração da Quinta das Bágeiras, criámos o Pai Abel à sua medida, vinhos com carácter que impressionam pela estrutura forte e cheia. Assim, quisemos também provar a nós próprios que é possível fazer um grande vinho a partir de vinhas com “apenas” 15 anos, mas inseridas num excelente terroir, imitando a produção natural de uma vinha velha, através da mistura de castas e da redução da produção da vinha mais nova.
É um vinho de uvas provenientes de vinhas com cerca de 15 anos, às quais se reduziu drasticamente a produção. Foi vinificado de bica aberta, sendo o mosto colocado em pequenos decantadores de 1m³ onde permaneceu entre 24 a 36 horas para fazer a decantação através de precipitação natural. No final deste processo, fermentou em barricas usadas de carvalho francês que adquirimos na região de Borgonha. Foi feita uma ligeira bâtonnage e estagiou nas barricas até ficar completamente límpido, de forma natural. Engarrafado sem filtragem ou colagem.
Informação de alergénios
Contém sulfitos.
SKU: 102065
Quinta das Bágeiras
A Quinta das Bágeiras é o resultado do trabalho de três gerações. Em 1989 foi iniciado o engarrafamento dos vinhos produzidos na exploração, com um vinho tinto reserva 1987 (3º prémio nacional no 51º concurso do IVV o melhor vinho na produção) e um branco “Menção Honrosa” no concurso da Confraria dos Enófilos da Bairrada colheita 1989. Como corolário do trabalho desenvolvido e da intenção a que Mário Sérgio Alves Nuno se propôs, foi premiado com o 2º prémio nacional no concurso “Jovem Agricultor Português 1989”. Em 1990 assinalando a comemoração dos 100 anos de espumante da Bairrada foi feito um ensaio experimental de espumante tendo este servido como fomento impulsionador para novos engarrafamentos e para a apresentação de um projecto, tendo este sido distinguido com o 2º prémio nacional “Jovem Agricultor Português 1991”. Este projecto consistiu na construção de uma cave que decididamente possibilitou o arranque definitivo para a produção de espumante. Esta importante região vitivinícola via assim nascer uma nova cave, a primeira desde há duas dezenas de anos. Com todas estas distinções e investimentos a Empresa ficou mais firme na obtenção do objectivo que inicialmente foi traçado “A Qualidade”. Passo a passo, sempre com forte espírito de equipa, foi aumentada e melhorada a área de vinha, continuando a criar mais condições na adega, com o objectivo de cada vez poder produzir melhor. Em consequência deste esforço e dedicação temos vindo sucessivamente ao longo destes anos a merecer elevadas notas por parte da crítica especializada e a admiração dos consumidores. Até hoje a Empresa continua como no início a produzir só espumantes brutos naturais (sem adição de açúcar, pois a lei permite nos espumantes brutos até 15 gramas por litro), vinhos tintos fermentados em lagar, sem desengace, engarrafados sem qualquer colagem ou filtragem e vinhos brancos de grande longevidade.
Com este estilo tradicional, procura-se não uniformizar o vinho, pois na diversidade está a sua paixão. Como prémio deste percurso Mário Sérgio Alves Nuno foi eleito em 2004 Agricultor do Ano em Portugal pelo Ministério da Agricultura. Esta Exploração pretende continuar com os seus vinhos, espumantes e aguardentes a prestigiar a nobre região demarcada a “Bairrada”.