O Produtor, nota de prova publicada em 24 de Junho de 2020
Nota-se o perfil mais floral da casta no aroma elegante, a par de um levíssimo fumado. A boca é surpreendente, na intensidade, leveza e frescura quase crocante, resultando num vinho vibrante e longo, com grande potencial de guarda.
Feito a partir de uvas Maria Gomes, este vinho provém de uma vinha cuja produção foi bastante reduzida e vindimada relativamente cedo, de forma a que a elevada acidez natural originasse um branco de guarda. Foi vinificado de bica aberta, sendo o mosto colocado em pequenos decantadores de 1m³ onde permaneceu entre 24 a 36 horas para fazer a decantação através de precipitação natural. No final deste processo, fermentou em barricas usadas de carvalho francês. Foi feita uma ligeira bâtonnage e estagiou nas barricas até ficar completamente límpido, de forma natural. Engarrafado sem filtragem ou colagem.
Informação de alergénios
Contém sulfitos.
SKU: 102064
Quinta das Bágeiras
A Quinta das Bágeiras é o resultado do trabalho de três gerações. Em 1989 foi iniciado o engarrafamento dos vinhos produzidos na exploração, com um vinho tinto reserva 1987 (3º prémio nacional no 51º concurso do IVV o melhor vinho na produção) e um branco “Menção Honrosa” no concurso da Confraria dos Enófilos da Bairrada colheita 1989. Como corolário do trabalho desenvolvido e da intenção a que Mário Sérgio Alves Nuno se propôs, foi premiado com o 2º prémio nacional no concurso “Jovem Agricultor Português 1989”. Em 1990 assinalando a comemoração dos 100 anos de espumante da Bairrada foi feito um ensaio experimental de espumante tendo este servido como fomento impulsionador para novos engarrafamentos e para a apresentação de um projecto, tendo este sido distinguido com o 2º prémio nacional “Jovem Agricultor Português 1991”. Este projecto consistiu na construção de uma cave que decididamente possibilitou o arranque definitivo para a produção de espumante. Esta importante região vitivinícola via assim nascer uma nova cave, a primeira desde há duas dezenas de anos. Com todas estas distinções e investimentos a Empresa ficou mais firme na obtenção do objectivo que inicialmente foi traçado “A Qualidade”. Passo a passo, sempre com forte espírito de equipa, foi aumentada e melhorada a área de vinha, continuando a criar mais condições na adega, com o objectivo de cada vez poder produzir melhor. Em consequência deste esforço e dedicação temos vindo sucessivamente ao longo destes anos a merecer elevadas notas por parte da crítica especializada e a admiração dos consumidores. Até hoje a Empresa continua como no início a produzir só espumantes brutos naturais (sem adição de açúcar, pois a lei permite nos espumantes brutos até 15 gramas por litro), vinhos tintos fermentados em lagar, sem desengace, engarrafados sem qualquer colagem ou filtragem e vinhos brancos de grande longevidade.
Com este estilo tradicional, procura-se não uniformizar o vinho, pois na diversidade está a sua paixão. Como prémio deste percurso Mário Sérgio Alves Nuno foi eleito em 2004 Agricultor do Ano em Portugal pelo Ministério da Agricultura. Esta Exploração pretende continuar com os seus vinhos, espumantes e aguardentes a prestigiar a nobre região demarcada a “Bairrada”.