Cada país tem as suas próprias castas de uvas superestrela, bandeiras emblemáticas dos viticultores, que transportam a história e tradição dos terroirs por todo o mundo. Aníbal Coutinho, um enólogo e crítico de vinho português, combinou a sua paixão pelo vinho com o gosto por viajar e aliou-os num projeto inovador: Astronaut Wines.
Compor uma sinfonia ou escrever um livro não requer um conhecimento profundo do local onde nos encontramos. Produzir um néctar em diferentes pontos do mundo vai muito além do conhecimento teórico ou da inspiração de um enólogo. Exige que se incorpore a cultura vinícola tradicional e vinhas de cada país, para criar um vinho de alta qualidade. Portugal, que ostenta a sua nacionalidade, e a África do Sul foram os países onde Aníbal Coutinho produziu os primeiros vinhos Astronauta. Outras viagens prometem novos Astronauta.
“Este projeto é concebível no século XXI, as facilidades de transporte e comunicação permitem-nos estar em lugares diferentes num curto período de tempo. As viagens são o mote e o vinho a razão, daí a denominação Astronauta”, confessa o mentor, Aníbal Coutinho.
Depois de muitos anos a trabalhar na área da engenharia civil, área em que se licenciou pelo Instituto Superior Técnico, o gosto pelo vinho leva Aníbal José Coutinho de volta à universidade, desta vez ao Instituto Superior de Agronomia, onde se especializa em Viticultura e Enologia. Em 2016, concluiu o seu programa de doutoramento em Engenharia Alimentar em Análise Sensorial, tendo já publicado parte do seu trabalho na revista americana Journal of Sensory Studies e no Anuário do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). Membro da direção da Associação Portuguesa de Enologia, crítico de vinhos e autor de vários guias e anuários, é também professor universitário, formador e consultor. Enólogo, já vinificou e assinou vinhos em Portugal, Espanha, França, Alemanha e África do Sul.