Quantas vezes já ouviu a pergunta “Gosta mais de verde ou de maduro?”

Ao contrário do que muitos portugueses pensam, o Vinho Verde não é um tipo de vinho nem está associado a uma cor ou grau de maturação das uvas. São apenas vinhos produzidos na Região dos Vinhos Verdes (na zona do Minho), e existem em todas as cores (branco, rosé e tinto) e em vários tipos (espumantes, colheitas tardias, vinhos tranquilos, vinhos fortificados e licorosos).

Por outro lado, todos eles são feitos com uvas amadurecidas até ao ponto ideal e seguindo os mesmos métodos de vinificação de vinhos de regiões como o Alentejo, o Douro ou a Bairrada – os considerados os “vinhos maduros” por grande parte da sociedade.

Então, Por que são chamados de vinhos verdes?

Hoje em dia, o seu nome deve-se unicamente à região onde são produzidos. No entanto, há várias teorias sobre a origem do nome da Região.

Há quem argumente que esse nome se deve apenas ao aspecto verde e fresco das vinhas da região. Por outro lado, outros (como o Luís Lopes referiu em 2009 na Revista de Vinhos) encontram argumentos mais sólidos, baseados em legislação do séc. XX, reiterando que na época o vinho era, de facto, vinificado com uvas com menos maturação devido a uma série de factores.

Hoje em dia ainda é assim?

Não. A vinificação de uvas “verdes” acontecia em várias regiões, nomeadamente no Dão, pelo que quando o resultado final fosse um vinho com teor alcoólico entre os 8 e os 11.5 graus (11.5-13º, no caso dos Alvarinho), seria considerado “verde”, independentemente de a sua origem ser no Minho, no Alentejo ou até no Algarve.

Hoje em dia, com o desenvolvimento da tecnologia e das técnicas de vinificação, as uvas atingem o seu ponto de maturação ideal – em todas as regiões portuguesas. Por isso mesmo, um Vinho Verde é apenas um vinho produzido na região dos Vinhos Verdes.

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