“Amor-não-me-deixes” poderia ser o título de um filme romântico, de um livro ou mesmo de uma canção, mas não. É o nome de uma casta de uva tinta portuguesa, uma designação que poderemos considerar relativamente recente, uma vez que não é referida em obras publicadas antes de 1880.

Portugal é o país com mais variedade de castas autóctones. São mais de 340 castas aptas para a produção de vinho, segundo o Anuário de Vinhos e Aguardentes de Portugal 2022, publicado pelo Instituto da Vinha e do Vinho. Segundo o mesmo Instituto “estima-se que, em Portugal, existam quase três vezes mais variedades de castas do que em Itália e seis vezes mais do que em Espanha e em França.”

Este enorme património vitícola, proporciona uma incrível diversidade de aromas, sabores e estilos de vinho o que torna a degustação de vinhos portugueses uma experiência verdadeiramente enriquecedora.

 

Descrição Morfológica

Extremidade do ramo jovem com orla carmim de intensidade média e média densidade de pelos prostrados.
Folha jovem com zonas acobreadas, página inferior com nula a muito baixa densidade de pelos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpano ligeiramente estriado de vermelho; gomos com baixa intensidade da pigmentação antociânica.
Folha adulta média, pentagonal, com três lóbulos mal definidos; limbo verde médio, plano a ligeiramente irregular, pouco bolhoso; nervuras principais verdes; página inferior com nula a muito baixa densidade de pelos prostrados; dentes curtos e retilíneos; seio peciolar pouco aberto, com a base em V, e seios laterais abertos, em V.
Cacho médio, cónico, medianamente compacto; pedúnculo de comprimento médio.
Bago arredondado, médio e negro-azul; película de espessura média, polpa de consistência
média.
Sarmento castanho escuro.

A “Amor-não-me-deixes” tem abrolhamento em época média e maturação tardia. Possui vigor muito baixo e porte retombante, com fertilidade média (1cacho/ lançamento) e produz vinhos com baixo teor em açúcar, pouco típicos e com pouca cor.

 

Um brinde ao dia dos namorados!

 

Descrição morfológica retirada da Ficha Varietal, publicada pelo INIAV – Instituto Nacional De Investigação Agrária e Veterinária, I.P., na Folha Informativa n.º 280, de 29 de Fevereiro de 2020.

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