No dia 25 de Abril de 1974, Celeste Caeiro foi, como de costume, para a loja onde trabalhava. Nesse dia, a loja fazia 1 ano de existência e o dono decidiu que, para celebrar esse acontecimento, deviam ser compradas flores.
Ora, havia uma revolução em curso e o “patrão”, naturalmente, mandou os trabalhadores para casa e ofereceu-lhes as flores também para que não se estragassem. A caminho de casa, Celeste é interceptada pelo “comboio” de tanques e Chaimites que estavam a caminho do quartel do Carmo.
A história do cravo começa quando um militar que circulava numa dessas Chaimites pede um singelo cigarro a Celeste. Pois bem, Celeste não fumava, nunca fumou para muita pena dela nesse dia em particular, então procurou uma loja, uma tabacaria, que pudesse estar aberta. O problema é que eram apenas 8h30 da manhã e ainda nenhuma tabacaria estava aberta. Face a este problema, Celeste pôde apenas oferecer alguns cravos que tinha na mão. Ofereceu todos os que pôde a quem pôde. Os militares prontamente colocaram os cravos nos canos das metralhadoras. A partir daí, outras pessoas viram, compraram cravos e ofereceram aos militares.
E o resto, é história.