Não o devemos guardar para sempre, quando sai para o mercado, já foi envelhecido, já vem pronto para ser consumido. No entanto, tal como todos os vinhos, o Champagne também sofre constantes mudanças, sofre um efeito oxidativo ao longo do tempo dentro da garrafa. Afinal de contas é uma bebida viva.
O que esperar do Champagne
Vintage ou Millésime (com data de colheita, é feito apenas em anos especiais) a “perlage” – bolhas que se formam naturalmente partir da fermentação, vão deixar de ser constantes, fortes, vão ser mais delicadas e por vezes até ausentes. A sua cor vai ser mais um amarelo dourado do que amarelo palha. Os aromas ganham muito mais intensidade e na boca não será diferente, será um vinho mais cremoso e complexo.
Potencial de envelhecimento: 10 anos, podendo ser bem mais, caso seja um vinho de um bom produtor, de um ano de excelência, e se for bem guardado numa cave climatizada.
NV “Non Vintage” – sem data de colheita, são feitos todos os anos e devem ser apreciados ainda jovens, pois estão cheios de vida. Vão sofrer menos mudanças oxidativas e ter menos propriedades organolépticas, ou seja, vão ser frutados mas menos saborosos e complexos que os vintages.
Potencial de envelhecimento: não devemos deixar passar mais de 3 / 4 anos, para os abrir.
Cuvée de Prestige /Tête de Cuvée – admirados tanto pela sua exclusividade, quanto pelo seu gosto, assim são chamados os vinhos topo de gama, de cada casa de champanhe, que facilmente apresentam características oxidativas.
Potencial de envelhecimento: várias décadas.
Champagne RD “récemment dégorgé” – são os vinhos que ficam em contacto com as borras (“sur lies”) até menos de um ano antes de saírem para o mercado. São vinhos extraordinariamente mais frescos, mais ricos, complexos e sem o efeito oxidativo.
Potencial de envelhecimento: 15 anos.
A temperatura ideal para bebermos é entre 5 a 10ºC
O tempo deixa marcas nos vinhos, os vinhos deixam marcas nas pessoas.
e como o Champagne vem da Vinha,
Txim Txim
Texto por: João Guedes.