O cheiro de um vinho jovem é uma mistura dos aromas da uva e da fermentação alcoólica. Mas o carácter aromático do vinho vai, aos poucos, sendo atenuado e amaciado, dando lugar ao chamado bouquet.

O que é o bouquet?

Também conhecido pelo conjunto de aromas terciários, é todo o conjunto de perfumes que se desenvolvem durante a fermentação alcoólica e que resultam do processo e métodos de envelhecimento (seja nos períodos de estágio em madeira ou apenas em garrafa).

O bouquet pode ter carácter oxidativo (quando o vinho está em estágio, o oxigénio passa pelos poros da madeira e oxida o vinho) ou de redução (os aromas evoluem na garrafa protegidos pelo ar).

Para quem procura vinhos mais complexos ou com perfis mais amadeirados, a escolha de vinhos com bouquet é a mais certa. Será na garrafa que o cheiro do vinho realmente se vai intensificar e diversificar, adquirindo novos compostos e transformando-se ao longo dos anos. Um vinho envelhecido pode trazer no seu bouquet, por exemplo, notas de cogumelos, notas de couro, de trufas, de verniz, fruta cozida, entre outras.

São estes aromas diferenciados que marcam o estilo de um vinho, já que este vai mudando ao longo do tempo, pela influência do oxigénio e temperatura. São estes que por vezes agradam muito a apreciadores que, quando degustam um vinho, procuram anos e anos de história e emoção.

No entanto, podem não agradar tão facilmente a enófilos mais iniciantes.

O bouquet deve ser interpretado com calma e levar tempo a ser descoberto, para que possamos ficar a conhecer a fundo o que o mundo do vinho tem para oferecer.

Txim txim e boas pomadas!


mini-joao

crónica por joão guedes

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